quinta-feira, 21 de março de 2013

O verdadeiro significado da Páscoa ou "Pesáh"


Por Ruth Ferraz

O verdadeiro significado da Páscoa vai muito além do comercio de ovos de chocolate, que enriquece os fabricantes e alimenta nossa paixão por cacau!
 
Mas, de fato, qual é o verdadeiro significado da Páscoa?



Páscoa ou Passover vem do hebraico, Pessach, significa passagem.
É um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas como a maior e a mais importante festa do Cristianismo. Sendo assim mais importante até do que o natal pois mostra a vitoria da vida sobre a morte. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação na Sexta-feira Santa, que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 dC.  A Páscoa pode cair em uma data, entre 22 de março e 25 de abril.

Páscoa Cristã

Celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. Lembrando que Ele foi o único em toda a historia da humanidade que relizou isto, ninguém mais fez igual a Ele ressucistando!

Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, que é uma das mais importantes festas do calendário judaico, celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas do Egito, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida. Por isto se faz necessario tomarmos cuidado para não celebrar a Páscoa de uma forma pagã, ligando-a a simbolos que nada tem a haver com a verdadeira Páscoa, como por exemplo: ovos de chocolate e coelhos, que estam ligadas a deusas pagãs da fertilidade.

A última ceia partilhada por Jesus Cristo e seus discípulos é narrada nos Evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pessach. Assim, a última ceia da qual participou Jesus Cristo (segundo o Evangelho de Lucas 22:16) teria ocorrido um pouco antes desta mesma festividade.

Páscoa no Judaísmo

Segundo a Biblia (Livro do Êxodo), Deus mandou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Moisés que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e o anjo passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.

A Bíblia judaica institui a celebração do Pessah em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra de Adonai: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.


Como já foi dito a celebração da Páscoa é uma celebração de fé e foi realizada pela primeira vez no Egito quando o povo hebreu ainda vivia sob o governo opressivo de Faraó. Moisés um líder do povo hebreu, após insistentes tentativas, procurou em vão que o Faraó deixasse os Hebreus saíssem da escravidão no Egito. Mesmo com os sinais e prodígios, manifestados nas 09 pragas realizadas pelo Deus de Israel sobre os deuses do Egito, o coração de Faraó não cedia de forma alguma.

A celebração pascal judaica consistiria em um jantar em família, onde se comeria um cordeiro em companhia de vizinhos e amigos, onde um cordeiro seria imolado, assado e comido com outros alimentos memoriais, como o pão sem fermento e com ervas amargas.

O principal marco para esta celebração era a pintura dos batentes das portas das casas dos hebreus com o sangue do cordeiro sacrificado. Esta marca faria com que o anjo de Deus saltasse, pulasse, (na língua hebraica a palavra é “pesah”) aquela casa marcada pelo sangue do cordeiro, livrando-a da morte de seu primogênito. Em inglês temos o Passover (Pass + over), que traduzindo “passar além”, isto é, o mal passa longe daqueles que tem o sangue mas e não os atinge. Era um sinal de fé. Era um marco de substituição, ou seja, um ser já havia morrido e, portanto, não justificaria outra morte naquela casa. Ainda que tenhamos aflição não somos de fato atingidos!
 
A Páscoa, “Pesáh” ou Passover foi celebrada em muitas situações históricas do povo hebreu e ganhava maior sentido quando atravessava, em sua história, opressão imposta por outras nações, a saber: Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Foi em tempos de opressão e ocupação territorial romana que Jesus e seus discípulos celebraram a páscoa, pois ele era judeu, considerado por muitos até como um Rabi, mestre judaico, por seus conhecimentos das Sagradas Escrituras. Foi na última ceia pascal, antes de Jesus morrer, que foi instituida a Santa Comunhão, onde Jesus usou o vinho e o pão, para simbolizar o seu corpo e sangue que seriam imolados por nós. Ele se entregou em amor por todos!
 
O valor da páscoa no cristianismo é que Jesus assumiu a libertação para toda opressão pelo poder de seu sangue: o sangue do cordeiro imaculado e sem defeito. Foi na celebração da páscoa que Jesus assumiu ser o Cordeiro de Deus, para que por seu sangue vertido na cruz do Calvário houvesse libertação e uma vida de liberdade e esperanças. Uma aliança em seu sangue marcaria, pela fé, a vida e a casa de todo aquele que crê e aceita sua entrega de amor para o perdão dos pecados. Por isto, os símbolos e a memória da páscoa são tão importantes para dar sentido à fé cristã. É importante nos dias de hoje refletir sobre os símbolos da páscoa e renovar o sentido da fé em Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. (Ps. Sérgio Nogueira)

Para nós que cremos no Senhor Jesus como Salvador temos também o sangue do cordeiro sobre nós, o que faz com que o mal e a morte não nós atinjam, mas é necessario estar nEle e na sua Palavra! Como Ele disse:
 
 "EU SOU A RESSUREIÇÃO E A VIDA, QUEM CRÊ EM MIM, AINDA QUE ESTEJA MORTO, VIVERÁ. E TODO AQUELE QUE VIVE, E CRÊ EM MIM, NUNCA MORRERÁ". (Jo 11.25-26) 
 
Jesus é o Cordeiro Pascal que foi imolado. O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, é o símbolo da aliança feita entre deus e o povo judeu na páscoa da antiga lei. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo. Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo judeu da escravidão dos faraós, comemorou a passagem para a liberdade, imolando um cordeiro.
Para os cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus, o Cordeiro de Deus, que foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu: "morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, restituiu-nos a vida". É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.
 
Cristo ao instituir a Santa Comunhão se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante entre e nas pessoas de boa vontade. Assim, o pão e o vinho simbolizam essa aliança eterna do Criador com a sua criatura e sua presença no meio de nós. Jesus já sabia que seria perseguido, preso e pregado numa cruz. Então, combinou com dois de seus discípulos, para prepararem a festa da páscoa num lugar seguro. Quando tudo estava pronto, Jesus e os outros discípulos chegaram para juntos celebrarem a ceia da páscoa. Esta foi a Última Ceia de Jesus.


A instituição da Santa comunhão foi feita por Jesus na Última Ceia, quando ofereceu o pão e o vinho aos seus discípulos dizendo: "Tomai e comei, este é o meu corpo... Este é o meu sangue...". O Senhor "instituiu o sacrifício do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar assim o Sacrifício da Cruz ao longo dos séculos, até que volte, confiando deste modo à sua amada Esposa, a Igreja, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal, em que se come Cristo, em que a alma se cumula de graça e nos é dado um penhor da glória futura".
 
A páscoa judaica lembra a passagem dos judeus pelo mar vermelho, em busca da liberdade que não tinham no Egito onde eram escravos. Para nós cristãos também é a passagem de um vida presa ao pecado e sem plenitude, para uma vida nova de liberdade em Cristo Jesus.
 
Donde vem a tradição do Ovo de Páscoa e coelhinhos?

Das culturas pagãs, onde ovo trazia a idéia de começo de vida e fertilidade. O Coelho também relembra fertilidade, pois tem muitos filhotes. O uso do ovo de páscoa tem uma origem pagã, isto é, não crista, pois remetemos a deusas pagãs da fertilidade, como Istha, A deusa da fertilidade na Mitologia Suméria. Os povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa sorte. Os chineses já costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos, na primavera, como referência à renovação da vida. A versão mais aceita é a de que o surgimento da indústria do chocolate, em 1830, na Inglaterra, fez o consumo de ovos de chocolate aumentar.

Para nós cristão o verdadeiro signifidado da Páscoa esta na presença do ressucitado, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e a  Vida eternal e abundante que ele nós traz!


Bibliografia:
http://www.agorams.com.br/jornal/2012/04/o-verdadeiro-significado-da-pascoa-ou-pesah/
http://www.portaldafamilia.org/datas/pascoa/pascoasimbolos.shtml
https://pt.wikipedia.org/wiki/Povo_judeu
https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa

 

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