sexta-feira, 6 de julho de 2012

O Privilégio de Servir




Por Eulides Junio Macherete Fonseca

“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.” (Gálatas 5.13)
Este é um privilégio que envolve duplo benefício, ou pelo menos deve ser assim, tanto para os que servem, como para os que são servidos. Fora do meio cristão, o ato de servir é tido como algo reservado para os “inferiores”, e os “superiores” são aqueles que são servidos. Nos dias de Jesus, já era esse o pensamento geral. Tanto era assim, que Ele mesmo precisou explicar para os discípulos, que embora Ele fosse Senhor “não veio para ser servido, mas para servir” (Mateus 20.28). Pedro resistiu a esta ideia e precisou ser convencido por Jesus para permitir que Ele lhe lavasse os pés (João 13.8-9).
Jesus ensinou com palavras e atitudes que no ambiente cristão servir é um dos privilégios mais elevados. Servir a Deus, à igreja e às pessoas é um dever e privilégio conferido a todos os crentes.

 A igreja, no exercício do serviço cristão, atualiza as palavras e as atitudes de Jesus, vivenciando-as como missão, como alvo permanente. É a busca incessante para cumprir na terra os desígnios do céu, assimilando e praticando as palavras de Cristo em relação à sua igreja: “E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mateus 16.19).

 É um erro interpretar o verso acima na perspectiva de poder terreno, revivendo tempos de inquisição. A igreja não tem procuração divina para executar o julgamento divino. Uma interpretação coerente levará o cristão ao entendimento de que as ações da igreja são confirmadas no céu, quando esta cumpre fielmente a vontade de Deus.
Nesta consciência, servir sempre será um privilégio, pois significará participação ativa no agir de Deus entre a humanidade e em favor dela. É ideal cristão o “servir uns aos outros” com o coração desprovido de privilégios terrenos. A motivação correta e singular sempre será o amor. Qualquer serviço sem amor, mesmo que “em nome de Deus”, será irrelevante.


Fonte: Creia em Jesus

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