domingo, 22 de julho de 2012

A maquininha do cartão e a generosidade de Stênio Március


Por Antognoni Misael


Ano passado editei parte da declaração do cantor Stênio Marcius que dizia: “Jamais a venda de CDs será prioridade. Não quero nada, fama, elogios, reconhecimento, estou bem satisfeito com a salvação. Quero + de Cristo!” Mais surpreendido fiquei quando tive uma experiência real com o querido Stênio e sua esposa, Selma – que pode parecer simples, porém foi fantástica.
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Durante alguns dias pude ser grandemente abençoado com a presença do querido e suas canções no evento do Encontro para a Consciência Cristã na cidade de Campina Grande-PB. Canções como O Tapeceiro, É n’Ele, Alguém como eu, dentre tantas cantadas naquele tabernáculo com mais de 6 mil pessoas, me fizeram imaginar uma sinfonia de louvor sendo entoada na eternidade para a glória de Deus. Há tempos que eu almejava ver a igreja do Senhor O adorando com canções de graça, sem mantra, pula-pula, frases desconexas, rimas pobres, etc., onde a arte, a glória e a honra são oferecidas ao maior artista, o Rei do Universo..

O fato mais relevante ocorreu quando me dirigir ao standard dos CD’s do Stênio Marcius para adquirir o seu mais novo álbum A Beleza do Rei. Ao me dar conta de que estava sem dinheiro em espécie e acreditando que os queridos usavam a tão prática maquininha do Cielo para cartões de crédito e débito, perguntei a Selma se vendiam em débito automático. Ela me falou que infelizmente não tinham a maquininha. No mesmo instante, ao informar que iria realizar o saque num caixa eletrônico mais próximo e em seguida retornar para a compra fui interceptado por ela que disse: – “leve o CD, e quando puder deposite o valor em nossa conta indicada no encarte do disco”! No momento não aceitei, visto que nunca tinha feito uma compra de CD assim; embora não pondo em jogo a minha honestidade, mostrei que reprovei essa transação haja vista não ser conveniente pra quem vende: “- estamos no Brasil, e isso não é legal”, falei em tom de riso..

Selma insistiu. Me constrangeu ao dizer que levasse pois sempre faz isso quando as pessoas estão sem o dinheiro na hora, e que Deus nunca lhes deixou faltar as despesas investidas nas prensagens dos discos. “- Não é você nem as pessoas que compram nossos discos que nos sustentam, mas Deus! Leve o CD, seja abençoado, e quando puder nos abençoe”, foi mais ou menos isso que ouvi. Contudo, diante dessa situação resolvi ficar com o disco “A Beleza do Rei” e constrangido com a alegria, fé e energia dela, fiquei por ali a observá-la fazer o mesmo com alguns irmãos que por lá passavam crendo que iam compra o CD via maquininha.
Pouco tempo depois chega Stênio, super simpático, atencioso, gente de Deus. Pessoal, naquela oportunidade pude conversar um pouco e conhecer de perto alguém que não tem nada de astro, mas é gente simples, humilde, cheia de graça, e que vive literalmente na dependência de Deus. Alguém que de fato não tem pretensão de fama, riqueza, dinheiro, e sucesso na mídia, como bem frisou ele outrora, “estou satisfeito com a salvação”. Que possamos aprender com tal exemplo..

Enquanto os astros de “Gezui$” cobram altos ingressos em prol de show’s onde o dito cujo entra pelos fundos e no fim foge pela culatra cumprindo o seu contrato profissional (ou até mesmo com medo do assédio de muitos “gospelmaníacos”), tem gente fazendo a obra de forma séria e abençoando a igreja do Senhor com simplicidade e excelência. Nos dias de hoje, falando-se de música cristã, as diferenças são claras. Quem tem olhos, veja!

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